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Risco de ataques de animais peçonhentos cresce no verão

Os ataques de animais peçonhentos representam um desafio de saúde pública no Brasil, com mais de 100 mil registros anuais e cerca de 200 mortes relacionadas, de acordo com o Ministério da Saúde. Durante este verão, com idas a casas de praia fechadas e espaços próximos a vegetações, é preciso redobrar a atenção no cuidado diante da reprodução de escorpiões, aranhas e outros animais. Em 2023, o estado registrou 7.662 casos, sendo os escorpiões responsáveis por quase 60% das notificações, segundo dados da Sesap.

Para o tenente Henrique, oficial de operações do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN), a prevenção é essencial e começa pela manutenção de áreas limpas, tanto em zonas urbanas quanto rurais. “A principal recomendação é evitar o acúmulo de lixo e vegetação densa, pois esses locais são ambientes propícios para a proliferação de animais peçonhentos. Em áreas urbanas, é importante fechar ralos, pias e frestas de janelas, além de verificar calçados e roupas antes de usá-los”, alerta o tenente.

Os dados da Sesap, disponibilizados no Boletim Epidemiológico dos Acidentes por Animais Peçonhentos nº 03, mostram que a maior parte dos ataques no estado ocorre em áreas urbanas, que concentraram 73,1% das notificações em 2023. A predominância de escorpiões e aranhas nesse ambiente reforça a necessidade de ações preventivas em residências. Já nas zonas rurais, que correspondem a 26,3% dos registros, o risco está associado ao contato com a vegetação.

No RN, o período de maior risco coincide com a estação chuvosa, entre junho e setembro, quando escorpiões e aranhas entram em fase reprodutiva. “Essa é a época em que vemos um aumento nos chamados relacionados a esses animais”, afirma o tenente.

Apesar de muitos casos apresentarem apenas sintomas leves, como dor, vermelhidão e inchaço, o tenente Henrique reforça a importância de procurar atendimento médico. “É fundamental lavar o local da picada com água e sabão neutro e evitar remédios caseiros, como café, manteiga ou outros produtos indicados por crenças populares. Esses métodos não são eficazes e podem agravar a situação”, ressalta.

Em situações de emergência, como reações anafiláticas ou perda de consciência, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo número 193. Nos casos de busca por atendimento médico independente de acionamento, o tenente do Corpo de Bombeiros Militar do RN explica que é importante levar o animal que causou o incidente. (TRIBUNA DO NORTE)

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