Polícia

PF prende bando que fraudou R$ 10 milhões de auxílio emergencial para ter vida de luxo

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (24), as Operações Vida Fácil I e Vida Fácil II que investigam fraudes de ao menos R$ 10 milhões em pagamentos do auxílio emergencial do governo federal. Aproximadamente 210 policiais federais cumprem 17 mandados de prisão preventiva e 54 de busca e apreensão nas cidades de Araçatuba, Bauru, Marília, Birigui, São José do Rio Preto, em São Paulo, Anápolis (GO) e Maringá (PR). Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal de Araçatuba (SP).

A PF iniciou as investigações em Araçatuba no começo deste ano, após receber alerta da Unidade de Repressão às Fraudes ao Auxílio Emergencial da PF, em Brasília. Cruzamento de dados apontou vários suspeitos em diversos auxílios emergenciais fraudados.

A unidade de repressão na capital federal atua com informações provenientes de um banco de dados que reúne informações estratégicas utilizadas em ação conjunta entre a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, o Ministério da Cidadania, a Caixa Econômica Federal, a Controladoria-Geral da União, o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Receita Federal, com o objetivo de desarticular grupos ou organizações criminosas que atuam neste tipo de crime em várias unidades da federação.

As investigações confirmaram que duas organizações criminosas especializadas na prática de furto, mediante fraude, do benefício assistencial, com base na cidade de Birigui (SP) agiam não só na região de Araçatuba, mas também em outros estados.

Segundo a PF, os líderes dos grupos criminosos ostentavam alto padrão de vida, adquirindo veículos de luxo e imóveis. A pedido da corporação, a Justiça Federal decretou, além das buscas e prisões, o bloqueio de bens e valores dos investigados objetivando garantir a restituição dos valores desviados para os cofres públicos.

Os presos serão indiciados pelos crimes de furto mediante fraude praticado por meio de dispositivo eletrônico ou informático, e associação criminosa. Caso sejam condenados, eles estarão sujeitos à pena máxima de até a 16 anos de reclusão. (METRÓPOLES)

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