O Ministério da Saúde informou, nesta sexta-feira (6), que monitora sete casos suspeitos de um tipo de hepatite aguda infantil de origem até agora desconhecida. Três são no estado do Paraná e quatro no Rio de Janeiro. No entanto, a Secretaria da Saúde paranaense informou que já descartou um dos casos e prossegue com a investigação de outros dois. Já a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, à tarde, divulgou uma nota confirmando haver seis casos suspeitos investigados no estado. Ao todo, portanto, são oito casos em investigação no país.
Segundo o Ministério da Saúde, os Centros de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) monitoram junto a Rede Nacional de Vigilância Hospitalar (Renaveh) qualquer alteração do perfil epidemiológico, bem como a detecção de casos suspeitos da doença. A pasta orienta aos profissionais de saúde e da rede de vigilância que suspeitas sejam notificadas imediatamente.
No Paraná, os casos suspeitos envolvem dois meninos de 8 e 12 anos. No Rio de Janeiro, três são moradores da capital (uma criança de 4 anos, uma de 8 anos e um bebê de 2 meses), um de Niterói (criança de 3 anos) e um de Araruama (criança de 2 anos). Um bebê de 8 meses, morador de Maricá, morreu e a investigação segue em andamento para determinar se ele foi vítima da hepatite desconhecida.
No sábado (30), a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou a primeira morte relacionada à hepatite infantil, sem informar detalhes. Ainda de acordo com a OMS, pelo menos 17 jovens precisaram de transplante de fígado. Em nota, a entidade descartou qualquer relação da doença, que causa inflamação no fígado, com a vacinação contra a covid-19.
De acordo com a agência de notícias Reuters, já são cerca de 200 casos da misteriosa doença. Mais da metade dos casos são no Reino Unido. O restante se divide entre 11 países pelo mundo. Na América Latina, além do Brasil, foram reportados casos da hepatite misteriosa na Argentina e no Panamá.
Apesar de ainda ser um mistério, pesquisadores avaliam que a origem dos casos de hepatite em crianças pode ser o confinamento devido à pandemia de covid-19. Para os cientistas, o isolamento dificultou que as crianças continuassem desenvolvendo seus sistemas imunológicos.
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