OMS diz que não há necessidade da população geral tomar a 4ª dose da vacina contra Covid
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta quinta-feira (18) que não há necessidade de aplicar a quarta dose — o segundo reforço — na população geral livre de fatores de risco. Segundo os especialistas do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (SAGE, na sigla em inglês), a indicação do reforço fica restrita aos grupos que contém um alto risco de desenvolver a forma grave da doença.
São eles: idosos, pessoas com comorbidades, imunossuprimidos, gestantes e profissionais de saúde.
Segundo os especialistas em imunização, pessoas mais jovens e saudáveis conseguem proteção duradoura contra a Covid após o primeiro reforço, não necessitando de uma segunda dose.
Atualmente, no Brasil a 4ª dose está disponível para toda a população adulta que recebeu a 3ª dose há pelo menos quatro meses.
O conselheiro sênior de saúde da OMS e secretário da SAGE, Joachim Hombach, aponta que há outros dois motivos para a queda da necessidade do imunizante: o primeiro deles é que há um risco “muito baixo” da população geral desenvolver quadro grave da doença após o primeiro reforço.
E o segundo, de acordo com Hombach, é que uma grande parte das pessoas, com a alta circulação do vírus, desenvolveu imunidade híbrida, ou seja, a combinação entre a proteção conferida pelas vacinas e a proteção proveniente das infecções do coronavírus, o que teoricamente dobraria as defesas.
Apesar das revisões constantes dos estudos sobre as vacinas e suas eficácias, é unanimidade entre os especialistas a importância que todos recebam a imunização primária, ou seja, as duas primeiras doses da vacina. “Essa continua sendo a nossa prioridade”, afirma Alejandro Cravioto, presidente dp SAGE em coletiva de imprensa.
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