O ano de 2023 chega ao fim com uma certeza em Grossos: a prefeita Cinthia Sonale (PSDB) segue sem que se tenha notícia de que a sua reeleição possa ser brecada. É que a oposição ficou sem discurso diante do que ela vem fazendo no município, seja na cidade ou zona rural. Quem hoje pensar em criticar a atual gestora vai se deparar com um diferencial nunca visto na cidade praiana: ela sequenciou obras paradas há quase oito anos e inaugurou um novo modelo de fazer política, sendo este marcado pela transparência e participação popular.
Com um retrospecto dos três primeiros anos de gestão, Cinthia Sonale praticamente tende a sepultar quem manifestar voz contrária à sua administração. Tudo porque quem hoje está na oposição esteve ligado, direta e indiretamente, à gestão anterior, do ex-prefeito José Maurício Oliveira.
Estão na lista dos prefeitáveis o ex-vereador Erasmo Carlos, que disputou a Prefeitura na eleição de 2020 com o apoio de José Maurício e teve como candidata a vice-prefeita a filha do ex-prefeito João Dehon da Silva, que é irmão de Maurício. Além disso, tem o ex-vereador Alexandre Paiva, que foi candidato a vice de Clorisa Linhares. Antes, Alexandre fazia parte do grupo governista comandado por José Maurício.
Em outras palavras todos os nomes que estão buscando a viabilidade política pela oposição tiveram a chance de concretizar algum benefício para Grossos e não fez. E esse discurso de apatia administrativa para o passado já começa a ecoar nas calçadas. João Dehon, Erasmo Carlos e Alexandre Paiva estão em pré-campanha e enfrentam dificuldades para tentarem criticar a gestão atual.
A começo de conversa, João Dehon foi secretário-chefe do irmão. Era ele quem praticamente dava as cartas, administrativamente falando. E o resultado deixado pelos irmãos foi um saldo devedor de quase R$ 20 milhões, além de implicações em Brasília pela ausência de prestação de contas, que quase deixa estudantes da rede municipal de ensino sem a merenda escolar.
Do outro lado, tem Alexandre Paiva, que foi vereador no tempo em que José Maurício era prefeito e endossou todos os atos praticados pelo então gestor municipal. Em outras palavras, foi omisso com relação à prestação de contas que fragilizou a saúde e a educação, principalmente, além de ter ficado em silêncio diante dos desmandos que provocaram a paralisação de obras iniciadas com verbas federais. O ex-vereador, em tese, não teria moral política para apontar dedos para adversários, já que quatro retornam para si.
Com isso, fica nítido que a prefeita Cinthia Sonale tem o discurso pronto contra quem for disputar a Prefeitura no ano que vem. Provas, argumentos e testemunhas não faltam. É esperar como a oposição vai se comportar para, a partir das convenções partidárias, ter uma ideia de como o eleitor reagirá.