Saúde

Potiguares que venceram a covid-19 relatam sobre a readaptação aos exercícios físicos

Segundo especialista, o acompanhamento profissional é fundamental para um retorno seguro

Leve e moderada. Essa tem sido a rotina de treinos de muitas pessoas após vencer a covid-19. Sequelas cardiorrespiratórias são algumas das justificativas para essas intensidades de exercícios físicos e, por isso, os cuidados precisam ser redobrados, alertam os especialistas.

Recuperada da doença em novembro de 2020, a arquiteta Nailka Saldanha, de 43 anos, conta que as sequelas permanecem, mesmo após o desaparecimento dos sintomas, fazendo-a retornar aos exercícios na academia de forma gradual. “Fico sem forças para fazer qualquer coisa. Qualquer esforço causa falta de ar. Por isso, fui liberada pelo médico a voltar à prática de exercícios após 30 dias da recuperação, com atividades mais leves e que não demandem tanto esforço respiratório”, diz a potiguar que, antes de ser infectada, mantinha uma rotina assídua de treinos.

A empresária Silvana Galvão de Sousa, de 49 anos, também é acostumada com a prática de atividades físicas e tem se adequado à rotina de treinos após a infecção pelo novo coronavírus. “Meu retorno foi mais moderado, porque não tinha a força física para desenvolver o treino pesado de musculação que tinha antes, mas que já vem sendo adaptado sem maiores dificuldades, sempre acompanhado pelo personal trainer e da equipe da academia”, detalha.

De acordo com o coordenador fitness da Bodytech Tirol, em Natal, Thiago Siqueira, o exercício físico é um fator importante dentro do processo de recuperação das sequelas deixadas pela doença, não só pelos benefícios físicos, mas também psicológicos. Ele ainda ressalta que é importante que o aluno comunique a academia ou ao profissional de educação física que irá atendê-lo sobre ter vencido o coronavírus. “Essa informação é extremamente útil na elaboração do novo planejamento e estratégias de treinos, que devem ser adequados ao estado atual do aluno em prol de uma recuperação tranquila e segura, que pode ser a curto, médio ou longo prazo”, informa.

Para esse público, ainda segundo Thiago, que também é profissional de educação física, o mais prudente é prescrever treinos mais leves e moderados para as pessoas que tiveram covid-19 e estão retornando às atividades. Nos casos em que o indivíduo teve complicações respiratórias, a cautela em relação aos primeiros treinos deve ser maior e a progressão da intensidade mais lenta. “A progressão de volume e intensidade do treino vão depender muito do histórico de treinamento do indivíduo e do grau de complicação que ele teve quando esteve com a doença. Mas não existe uma receita pronta. Cada caso deverá ser analisado individualmente e a percepção de esforço de cada pessoa é fundamental para planejar a progressão do programa de treinamento”, orienta.

 

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