Professores da UERN aprovam dia de paralisação na universidade
Acabou agora pouco a assembleia dos professores e professoras da UERN, realizada no salão da ADUERN e com participação de toda a categoria em pontos de transmissão híbridos nos campi de Assu, Natal, Pau dos Ferros e Caicó.
Após ampla discussão ficou aprovado um Dia de Paralisação estadual na UERN, que será realizado na próxima semana, dia 30 de Novembro. Na data, a categoria realizará uma manifestação em Mossoró, reivindicando reajuste salarial e melhorias no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) docente.
Professores e professoras da UERN amargam quase dez anos sem reajuste salarial e a Reitoria da universidade recentemente apresentou proposta de 5% de aumento. A proposição revoltou o sindicato e a categoria, pois sequer repõe as perdas inflacionárias referentes a 2022. A ADUERN defende um reajuste de 15% para 2023 e o percentual, que já foi aprovado em assembleias anteriores, conta com respaldo da categoria.
“A Reitora da UERN fala em diálogo, mas na verdade insiste em impor de forma autoritária um percentual que desagrada grande parte da categoria. Todos os dias, escutamos colegas reclamando dessa proposta pelos corredores da universidade. Para quem tem uma gratificação de quase R$ 6 mil, é fácil ignorar 10 anos de defasagem salarial, mas para o resto dos docentes da UERN, não é” avalia o presidente da ADUERN, Neto Vale.
Além do Dia Estadual de Paralisação da UERN, também foi aprovado que na próxima assembleia a categoria discutirá um indicativo de greve, caso a Reitoria não apresente uma proposta que contemple as reivindicações docentes.
Desde o início o sindicato tem apresentado dados que mostram que a universidade tem recursos para garantir o reajuste, tendo recebido de janeiro a outubro de 2022 R$ 339 milhões do Governo do Estado e de outras fontes. Mantida essa média, o acumulado do orçamento da UERN pode chegar a R$ 400 milhões até o final do ano e as expectativas é que os dados de 2023 sejam ainda melhores. Para o sindicato, o impasse só será resolvido com a reprogramação do orçamento previsto para 2023. Definindo novos percentuais para “pessoal”, “investimento” e “custeio”.
Ao final, foi aprovada uma comissão de negociação e mobilização para dialogar com a Reitoria da universidade e organizar a categoria para a luta em defesa do reajuste e da pauta de reivindicação docente. A comissão será formada pela Diretoria da ADUERN, a professora Rivânia Moura (que é presidenta do ANDES e docente da FASSO), Mirla Cisne (FASSO) Maria José Vidal (Natal), Jovelina Santos (Assú) e Alessandro Nóbrega (FE).